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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

viagens

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

Amyr Klink

domingo, 1 de novembro de 2009

Dia de Finados

Fui educada na religião católica.Desde a mais tenra idade ouvia minha avó e minha mãe falar de Deus pai, seu Filho Jesus e do Espírito Santo, que juntos formavam a Santíssima Trindade. Coisa que até hoje não consegui entender bem, mas como dizia minha vó: Isto é um mistério! e mistérios não são mesmo para serem entendidos. Então criei minha própria visão de Deus: Era a de um senhor de barba branca, sentado no céu, esperando as pessoas que morriam, para julgá-las e decidir que ficariam a seu lado,caso fossem boazinhas, ou seriam enviadas para o inferno, caso haviam cometidos muitos pecados. Ah! ainda haviam as que eram consideradas o "meio termo", isto é; não eram tão boazinhas,nem tão ruins, por isso ficavam no purgatório aguardando por mais algum tempo o julgamento, para por fim chegar a sua sentença. Na verdade sempre achei que a maioria das pessoas, inclusive eu,passariam por esse tal de purgatório, pois a lista de pecados era tão grande que achava impossível um ser humano deixar de cometer alguns. Isto acabou me afastando de Deus, por medo, vergonha,ou por achar muito difícil atingir a santidade por ele exigida. Também aprendi que o sofrimento era bom, que por meio dele eram redimidos nossos pecados e nossa alma seria purificada,aumentando a chance de irmos direto para o céu.
Por pensar assim acabei aceitando situações inaceitáveis,que causaram sofrimento e dor, não só a mim, mas a todos aqueles que viviam ao meu redor.
Aos poucos todos os bons sentimentos que haviam dentro de mim foram sendo destruídos, dando lugar ao rancor, amargura e ódio. Infeliz, recorri novamente à Deus, mas agora com outra imagem. A imagem de um Deus pai amoroso, que não que ver seus filhos sofrendo, e então entendi que o maior pecado que estava cometendo era o da omissão,submissão e aceitação de certas atitudes que prejudicavam a mim, as pessoas que eu amava e até quem as praticavam. Hoje acredito em Deus como um ser superior a nós,presente em todas as coisas do universo. Alguém que é tudo e não é nada, que está em todo lugar, e em lugar nenhum. Independente de qualquer crença ou religião,embora não conheça todas a fundo e respeite a todas, creio que todas nos levam ao pensamento supremo; que é o amor a Deus, que ao meu ver é o próprio universo, ao próximo e a si mesmo. Se todos praticassem esses princípios, o mundo seria perfeito, não seria preciso tantas crenças, promessas, rituais, ou intermediários, seitas ou religiões.
A impressão que eu tenho às vezes é a de que o homem está sempre querendo barganhar com Deus. " eu vou fazer o bem e em troca você me dá o céu, a eternidade, uma vida feliz após a morte" e não "eu vou fazer o bem porque é para isto que eu estou aqui, é para isso que fui criado". Esta é a única certeza que deveríamos ter, porque a respeito das outras coisas, eu creio que nunca teremos certeza de nada!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dia Internacional da mulher!





Nunca fui festeira no carnaval, mas passei a ter uma certa raiva quando visitei os EUA e um senhor geralmente muito educado que almoçava no mesmo lugar que eu e umas colegas brasileiras, viu as cenas dos desfiles de carnaval do Rio na TV a cabo e no dia seguinte ficou nos perguntando se a gente também pulava carnaval sem roupa. Claro que subiu o sangue!

Esta é só uma das piadinhas sem graça que as mulheres ouvem quando contam que são brasileiras. O triste é saber que o estereótipo é vendido por nós mesmos, ao alimentarmos esta indústria cultural de massa e sucumbirmos ao padrão de beleza sem questionar, seguindo a manada, sem pensar ou avaliar os caminhos à nossa frente. Mas igualmente considero que nos tornarmos escravas das lutas e da dureza do feminismo. Por isso faço coro à antipatia que muitas mulheres sentem pela data, a qual é comemorado o dia internacional da mulher.
Gostaria que pudéssemos encontrar o caminho do meio termo e juntar a capacidade produtiva e lutadora das mulheres à natural delicadeza que existe em todo ser humano, mas costuma ser mais enaltecida nas pessoas do sexo feminino. Para isto, devemos começar a permitir aos homens um outro papel também, maior do que o de mero apreciador de caras, tetas e bundas. E esta mudança começa por nós mesmas, como sempre, na nossa ação como mães, mulheres e profissionais.
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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia mundial sem carro.

Setembro 23, 2009 at 1:05 am | In Uncategorized | Leave a Comment | Edit this post

Até parece piada. em plena manhã de terça feira chuvosa,é sugerido ao povo, que deixem o carro na garagem e sigam até seu destino por meio de transporte público. Como se tívessemos transporte público descente nessa cidade… Ah! mais o senhor Kassab encontrou um, e para dar exemplo entrou no veículo limpo,vazio, sentou-se com seu impecável terno, com o cabelo bem arrumado e deu uma agradável “voltinha” pelas ruas da cidade de São Paulo. Terá mesmo sido em São Paulo o ocorrido? Pergunto porque eu nunca tive essa sorte. Ontem mesmo fiquei mais de uma hora, plantada num ponto de ônibus, embaixo de uma fina e fria garoa, quando finalmente depois de passarem dois ônibus e três lotações consegui entrar em uma. Detalhe: fiz o trajeto inteiro de pé, meus cabelos, embora não tão ajeitadinhos como o do senhor prefeito ficaram mais espantados ainda, e quanto a roupa nem se fala.. Sujeito de sorte este nosso prefeito. rsrsrsrs..


domingo, 20 de setembro de 2009

Orgulho docente
"Sou professor” hoje soa como “sou culpado”. Não temos orgulho docente. Aceitamos, sem criticar, o papel de figurantes que a Escola Nova foi nos atribuindo na medida em que se tornou o modo hegemônico de ver educação. Está na hora de inaugurar um movimento na direção contrária.

Se tivermos orgulho do ofício, não precisaremos pedir desculpas para ensinar. E poderemos conjugar esse verbo na primeira pessoa do indicativo, com segurança, com confiança, com certeza de que ensino é uma prática social importante.

Esta publicação cabe bem no contexto que vivemos hoje, quando se refere a educação. Na minha pouca experiência trabalhando na área da educação, tenho deparado com situações absurdas, as quais não deveriam prover de um profissional cuja função é educar. Os meios de comunicação vem retratando o caos a que chegamos. Por outro lado deparamos com pais totalmente perdidos, sem habilidades de educar e impor limites para o comportamento irracional dos filhos. Muitos deles se recusam a encarar os problemas e preferem culpar os educadores, os julgando incompetentes.Falta equilíbrio e conhecimento por parte de todos a respeito do que seja a vida de um professor, principalmente os que atuam em escolas públicas, que são obrigados a obedecer um sistema político educacional, onde muito lhe é exigido e pouco é retribuído para que se sintam profissionais valorizados e respeitados.


se quiser saber mais sobre este artigo acesse o site do Professor Jarbas.

Imoralidade


Certo dia fui repreendida por uma amiga, muito conservadora, ao afirmar que sentia um orgasmo toda vez que descia do ônibus ”expresso 3141 , Parque D. Pedro II – terminal São Mateus_.você não deveria falar esta palavra imoral! - disse ela.- Imoral? Imoral é a condição dos usuários do transporte coletivo desta cidade. Respondi eu.- Principalmente os que se utilizam desta linha.- Todos os dias, ao sair da Universidade, por 40 minutos, tempo maior que o do trajeto a percorrer entre a escola e minha residência (30 minutos), eu e uma multidão de alunos esperamos pelo bendito ônibus, que mesmo antes de chegar ao ponto, ainda no farol, é invadido pelos estudantes que depois de um árduo dia de trabalho, enfrentaram as aulas e agora anseiam por um merecido descanso em seus lares. Devido ao longo espaço de tempo entre um carro e outro, eles estáo sempre lotados. A maioria das pessoas estão mal humoradas, irritadas, e fazem de qualquer esbarrãozinho motivo de discussão. Como é impossivel não se esbarrar em alguém num ônibus lotado como aquele, quase todos os dias acontecem discussões, sendo que muitas vezes o motorista é obrigado a levar todos para a delegacia, o que além de desagradável acaba atrasando a nossa fatigante jornada. Dos muitos fatos que presenciei no mencionado meio de transporte, tendo como testemunha, os usuários e suas sacas de cebola, batata, milho, limão, e outros produtos, sobras do que foi levado para ser vendido no centro da cidade, um dos mais marcantes é o que vou contar agora.Quando entrei no ônibus percebi que o motorista discutia com uma senhora maltrapilha, aperentemente carente, dotada de poucos recursos financeiros. Ele pedia que ela descesse do veículo uma vez que já havia feito mesmo a sujeira. A senhora humildemente obedeceu. Os comentários que corriam dentro do ônibus, eram de que a senhora, acometida por uma forte diarréia, pediu que o motorista parasse fora do ponto para que ela pudesse descer e encontrar algum estabelecimento que disponibilizasse de um banheiro , no qual ela pudesse aliviar o seu lado. Porém o motorista, devido ao risco de acidente e outras implicações que teria ao parar no meio de um trânsito tão complicado, não acatou o pedido da pobre senhora, que não resistindo mais, soltou tudo que tinha direito, ali mesmo, no banco de passageiros. Mesmo com um cheiro insuportável ,a cada parada, subiam os usuários, se empurrando, disputando o tão almejado banco vago para dele se apropriar. . E então, antes que o fato fosse consumado, a galera gritava: – Cuidado, não senta, melô, tá sujo. E todos caiam na maior gargalhada. Foi esta palhaçada a viagem inteira . Eu ri tanto neste dia que por pouco não repetia a façanha da protagonista da história. Esta história não é menos cômica que a situação que vivemos diariamente no trânsito de nossa cidade. Faço uso dela, não só para diversão, mas também para reflexão.

Você já parou para pensar porque os meios de tranportes desta cidade são tão precários?


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Alcoolismo

Juventude e Álcool, uma Química que não combina!

Quem tem o hábito de frenquentar os mesmos Points que os jovens e adolescentes, ou circula pelos arredores de escolas e universidades da cidade de São Paulo, principalmente as quintas e sextas feiras, pode perceber a gravidade da situação. O número de Jovens, meninos e meninas, ingerindo os mais variados tipos de bebidas alcoólicas, transbordam dos bares e invadem as calçadas, praças e ruas, impedindo o trânsito de automóveis e pedestres. Este tipo de comportamento, encarado como uma das muitas transgreções, típicas da adolescência, não tem recebido a devida atenção por parte da família e da sociedade e vem assumindo contornos de calamidade. Pesquisas realizadas (revista veja, pag. ed.) constatam que o consumo exagerado de alcóol causa danos cerebrais irreversíveis, provocando déficits na memória, dificuldade no auto controle, falta de motivação, e ainda propícia ao usuário o perigo de se tornar um alcoólatra. O alcóol é uma droga liberada, tolerada pela sociedade e as vezes incentivada pelos próprios pais. Embora exista a proibição da venda á menores, na maioria dos estabelecimentos as leis não são respeitadas.As propagandas de bebidas alcólicas foram proibidas no Brasil, pois influenciavam o uso de uma droga silenciosa e liberada.É comum encontrar adolescentes, pegando carona com jovens maiores e burlando a lei, utilizando documentos adulterados para a compra e uso do alcoól. No Brasil a iniciação ao uso do alcoól se dá cada vez mais cedo: aos doze anos. Enquanto que nos anos noventa ocorria aos catorze anos, o que torna a situação ainda mais sombria, pois além de causar danos neurológicos, o uso do alcool expõe os jovens a distúrbios de comportamento causando riscos mais imediatos, como: envolvimento em acidantes de trânsito, violência sexual, sexo sem proteção e brigas.O hábito de beber também pode deixar o jovem mais vulnerável á outros tipos de drogas, pois ao ingerí-lo ele perde a capacidade de raciocínio, ficando impossibilitado de medir a consequência de seus atos. É dever dos pais, da escola e da sociedade alertar esses jovens sobre os perigos que estão correndo, a fim de evitar danos maiores no futuro, uma vez que a maioria deles, podem ignorar as implicações, pessoais e sociais que possam vir a sofrer devido ao uso inadequado de qualquer tipo de bebidas alcoólicas.Conhecer o problema é a maior forma de prevençãoClique na foto e conheça mais sobre o assunto:A organização mundial da saúde considera o alcoolismo uma doença de caráter triplo, pois afeta a mente, o físico e o social. Membros experientes participantes do programa de Alcoólicos Anonimos (AA) afirmam que o Alcoolismo pode levar a insanidade ou até a morte. A doença não tem cura, mas pode ser detida por total abtinência do acool. Muitas pessoas acham que alcóolico é aquele indivíduo que está jogado nas calçadas, porém, nos lares brasileiros existem milhares de pessoas que sofrem por causa da ingestão excessiva de alcóol. Um dos sintomas da doença é a compulsão pela bebida. É considerado alcoolico o indivíduo que quando bebe causa algum problema para si ou para as pessoas com quem se relaciona. Ele sabe que não pode beber, mas não consegue deixar de fazê-lo, pois ao ingerir o primeiro gole sempre acaba embriagado. porém Existem muitos tratamentos para o alcoolismo e o primeiro passo para a cura é o forte desejo parar de beber.Um doente alcóolico pode afetar muitas pessoas, principalmente aquelas que convivem diretamente com ele. Essas pessoas passam se preocupar com a maneira de beber da outra e tentam protegê-la e controlá-la. Não conseguindo acabam se sentindo frustradas , culpadas e fracassadas.O AL_ANON é uma associação de parentes e amigos de Alcóolicos que se reunem para discutir os problemas que têm em comum. Não é ligado a nenhuma ceita ou religião, seu único propósito é proporcionar alívio para aqueles que sofrem devido a maneira de beber de alguém. Além do Al-anon existem também as reuniões do Alateen, direcionando ajuda especial aos jovens, de 12 á 20 anos que possam vir a sofrer diversos problemas diferentes aos dos adultos.

Se você sofre, ou conhece alguém que sofre com a maneira excessiva de beber de um ente querido, procure, ou indique esta ajuda. Acesse a página do Al-anon e encontrará mais detalhes.