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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Moda e cinema
Conheça vestidos que marcaram personagens das telonas

São Paulo, maio de 2010 - A relação entre moda e cinema é antiga. Vindos da telona, vários modelos influenciaram o mundo fashion e o guarda-roupa de muitas mulheres. Muitas vezes, essa influência é tão grande que o longa passa a ser lembrado mais por seu figurino do que pela trama, atores ou diretor. Quem nunca se imaginou em um Givenchy usado por Audrey Hepburn? Ou no fatalíssimo vestido tomara-que-caia de Rita Hayworth em Gilda? ONNE fez uma lista com alguns vestidos inesquecíveis das telonas. Confira!

Bonequinha de luxo, 1961.

O longo preto e justinho usado pela personagem Holly Golightly, vivida por Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo (1961), se tornou um dos looks mais célebres do cinema. Criado pelo francês Hubert de Givenchy, o vestido impulsionou o glamour minimalista, sóbrio e sexy ao mesmo tempo, tornando-se um marco da década de 1960 e permanecendo atual até hoje. Desejado por muitas e muitas mulheres, o modelito sugere sofisticação, poder e sensualidade.




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O Pecado Mora ao Lado, 1967
Quem não se lembra do clássico vestido branco voador de Marylin Monroe no filme o Pecado Mora ao Lado? Com seu cabelo loiro platinado, a atriz usou o vestido frente única de saia plissada, desenhado por William Travilla, um dos estilistas mais famosos da chamada época de ouro de Hollywood. A peça provavelmente vai ficar na memória dos aficionados pelo cinema por muito tempo.




Uma linda mulher, 1990.

O vestido vermelho de Uma Linda Mulher transformou a pesonagem Vivian Ward, vivida por Julia Roberts, numa verdadeira Cinderela do século 20. Pronta para ir à ópera, a protagonista também usou uma joia dada pelo personagem de Richard Gere, Edward Lewis, que deixou muitas mulheres babando por ai. Depois desse look, a atriz alcançou o posto de estrela máxima de Hollywoo





Titanic, 1997.




A história de amor a bordo do maior navio do mundo ficou famosa nos quatro cantos do planeta, e entre uma cena e outra é impossível de esquecer-se dos belíssimos vestidos usados por Kate Winslet, no papel de Rose. Em especial, o usado durante o jantar de gala, em que a moça desce as escadas do Titanic ao encontro de Jack, protagonizado por Leonardo Dicaprio.








Maria Antonieta, 2006.

Tudo foi pensado nos mínimos detalhes para que Maria Antonieta do cinema, vivida por Kirsten Dunst, fosse a própria reprodução do luxo e glamour. Elaborado por Milena Canonero, o guarda-roupa da rainha rendeu ao filme seu único Oscar, o de melhor figurino. Já os sapatos foram especialmente desenhados pelo estilista espanhol, Manolo Blahnik. Os milhares de detalhes nas jóias e os vestidos característicos do século 18 fazem do filme uma obra inesquecível para os fashionistas.






Gilda, 1946

Impossível esquecer-se da atriz Rita Hayworth cantando ‘Put the Blame On Mame’ com um vestido sensualíssimo tomara-que-caia e luvas longas, no filme Gilda (1946). Foi a partir dessa cena (e desse vestido) que a atriz tornou-se o símbolo da mulher fatal e o vestido de cetim sem alças, desenhado pelo figurinista Jean Louis, nunca mais saiu de moda.




Como perder um homem em 10 dias, 2003.

Kate Hudson, na pele da personagem Andie Anderson, deixou uma legião de mulheres (e homens) babando nas cenas do baile de gala, ao usar um longo amarelo de cetim com as costas abertas e um detalhe cruzado atrás. O modelo, que deixou o filme famoso, foi especialmente criado para combinar com o diamante amarelo de 87 quilates, especialmente criado para o filme por Harry Winston.



Sex and the City, 2008.




Sarah Jessica Parker adotou o vestido rosa de tule em diversos episódios da série Sexy and The City. Já no primeiro filme, a protagonista e suas amigas relembram a peça. A atriz é adepta do modelito, seja como Carrie Bradshaw (sua personagem na série) ou nas suas produções pessoais, em que o tecido está sempre presente. A saia de tule surgiu nos anos 1980, compondo o figurino das bailarinas em suas apresentações, mas também é muito usada por baixo de vestidos para dar volume às saias, como nos vestidos de noivas e de festas em geraL.



E O VENTO LEVOU...








O Centro Hary Ransom quer restaurar os figurinos de 
"E o vento levou" para uma exposição.




O Centro Harry Ransom da Universidade do Texas,
está tentando reunir 30 mil dólares para restaurar
cinco vestidos usados pela atriz Vivien Leigh,
quando interpretou Scarlett O´Hara, no filme
"E o vento levou", de 1939.
A Universidade está planejando fazer uma
exposição com as roupas, que se encontram
danificadas pela ação do tempo, em 2014,
quando completará 75 anos da estréia.
 
Os vestidos, adquiridos nos anos 80, têm "
algumas partes que estão corroídas e as
costuras desfeitas além de outros problemas",
 comentou um assistente de coleção do centro. "
O figurino criado para filmes são feitos para durar
apenas o tempo que duram as gravações"


























segunda-feira, 17 de maio de 2010



Em clima de luto, pesquisadores aguardam reabertura do Butantan
Prédio do instituto que abrigava cobras e aranhas pegou fogo no sábado.
O Local está interditado; grande parte do acervo foi perdido.

Pesquisadores que trabalham no prédio do Instituto Butantan, na Zona Oeste de São Paulo, que pegou fogo no sábado (16) aguardavam na manhã desta segunda-feira (17) notícias sobre o estado do local e a liberação do prédio para contabilizar os prejuízos. Em clima de luto, eles lamentavam a perda de um dos maiores acervos de cobras, aranhas e escorpiões do mundo – os exemplares dos animais mortos e conservados eram utilizados em pesquisas. Uma faixa com a palavra "Luto" foi colocada no local.
“Estamos aguardando a liberação para entrar e pegar o que porventura sobrou. Ainda não dá para saber o que temos. O que foi recuperado está espalhado em outros prédios”, contou o biólogo Marcelo Duarte. “Mas o trabalho não para. Continuamos recebendo doações de exemplares, precisamos arranjar um lugar para eles. Temos que dar atendimento à população”

Para esta definição, a direção do instituto iria se reunir ainda nesta manhã para definir quais rumos serão tomados em relação às atividades feitas no local e aos materiais e exemplares recuperados. Também na manhã desta segunda-feira é aguardada uma visita da Polícia Científica ao local. Já no sábado, foi iniciada a perícia do prédio.
O incêndio ocorreu no prédio das coleções, onde estava guardado o acervo de 80 mil exemplares de serpentes e mais de 500 mil aranhas e escorpiões. O acervo foi iniciado há 120 anos. Curto circuito ou sobrecarga elétrica são algumas das hipóteses consideradas pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC). Ninguém ficou ferido no incêndio.

Junto com outros colegas de trabalho, a pesquisadora Maria da Graça Salomão, que usava os exemplares de animais em suas pesquisas, procurava se consolar com os colegas. “É o nosso local de trabalho, não temos mais o que fazer. Estou sem rumo”, disse ela.
Estudante de pós-doutorado em zoologia na Universidade de São Paulo, Felipe Curcio estava desconsolado. “Qualquer coisa que sair daí é lucro”, disse ele, emocionado. “Qualquer zoólogo que trabalhe com artrópodes e serpentes depende daqui. Minha pesquisa era toda feita aqui.”
Durante a manhã, os próprios funcionários do laboratório e de outros setores do instituto tentavam organizar o material que foi salvo do prédio, retirando-o dos locais onde foram colocados às pressas durante o fim de semana. Entretanto, o trabalho será longo. “Não sabemos ainda como vai ser. Além da perda dos animais, vamos precisar de outro local. O prédio está condenado”, disse o biólogo Duarte.
Apesar dos problemas causados pelo incêndio, o funcionamento de todos os outros setores do Instituto Butantan era normal nesta segunda.
Segundo a assessoria de imprensa do Butantan, o órgão irá aguardar as investigações da perícia técnica sobre as causas do incêndio. Em nota divulgada no sábado, o instituto afirmou que, "segundo informações preliminares prestadas pelos Bombeiros, não havia no prédio qualquer problema relacionado às instalações que possa ter originado o incêndio".

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A escravidão retratada na midía






Quando pensamos em produções, seja na televisão ou nos cinemas, que retratam tempos remotos, como o Brasil imperial, é quase que impossível não reparar neles. Vindos da África para prestar serviços forçados, os escravos fizeram, infelizmente, parte da história da sociedade e jamais poderiam ser esquecidos nas novelas e nos filmes de época. Seja como meros figurantes ou personagens centrais em enredos polêmicos, esta lista de obras elaborada pelo Famosidades é uma homenagem neste 13 de maio, quando comemoramos 122 anos da assinatura da Lei Áurea, responsável pela abolição da escravatura. Não deixe de conferir.




"Xica da Silva" 
Começando a lista com uma das mais importantes histórias que retratam o período. Xica da Silva foi um escândalo! A escrava que virou rainha causou polêmica tanto na ficção, já que os personagens da trama ficaram chocados com o comportamento da escrava, quanto fora das telas. Protagonizada por Taís Araújo, que na época tinha apenas 17 anos, a novela foi ameaçada de censura por trazer a atriz nua em horário nobre.





"Quilombo"  
Dirigido por Cacá Diegues, o filme conta a história de um grupo de escravos rebelados que parte para o Quilombo dos Palmares, foco de resistência contra a escravidão. O longa traz a atuação de atores negros importantes na história da cultura brasileira, como Zezé Motta, Antônio Pitanga e Grande Otelo.





"Escrava Isaura" 
No ar em 1977, a novela foi o um marco das produções brasileiras no exterior. Até hoje, é uma das mais exportadas. A história de “Escrava Isaura” é baseada na vida de uma serviçal, filha de escrava e de um Comendador de fazendas. Seu status errante fará que com muitas pessoas da comunidade a vejam com pária e motivo de chacota na região. No papel principal está Lucélia Santos, que lançou sua carreira com Isaura.




"A Muralha"  
Esta minissérie global de 2000 foca em outro tipo de escravos, os índios brasileiros, que foram dominados por exploradores europeus no inicio da colonização. A trama cita os bandeirantes, que se embrenharam no Brasil ainda desconhecido para sugar riquezas e escravizar os índios, como Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), vendedor de escravos e especiarias.





"Jornada pela Liberdade" 
O filme fala da luta de um nobre que luta pelos direitos dos negros escravizados na Inglaterra. A batalha de William Wiber (Ioan Gruffudd ), que recorre a uma lei de abolicionismo em seu país, é memorável. Enfrentando toda uma sociedade preconceituosa, ele ainda tem o apoio de um ex-capital de navio negreiro, que compôs o hino de esperança “Amazing Grance” [título original do filme].





"Sinhá Moça"
Novamente Lucélia Santos retorna as telinhas, mas dessa vez não na pele de uma escrava como em “Escrava Isaura”, mas sim de uma brava filha de Barão que, ao se envolver com o jovem Rodolfo (Marcos Paulo), muda sua mentalidade. Rodolfo é um defensor da abolição, e vai contagiar Sinhá Moça com suas idéias. Apaixonada, ela segue em uma luta difícil que acarreta na assinatura da Lei Áurea, em 1888.




Amistad''
Baseado em uma história real, “Amistad” relata o motim em um navio negreiro, batizado de La Amistad, que transportava escravos para trabalhar na América do Norte. Durante o trajeto, os africanos se revoltam e se apossam do navio, tentando retornar para casa. Sem informações sobre rotas marítimas, eles acabam nos Estados Unidos, onde serão julgados e travam uma batalha ferrenha com políticos do país a favor de seus direitos. Vencedores, o grupo de africanos é apontado como responsáveis pela onda de protestos que gerou o abolicionismo na região.



"Sinhazinha Flô" – 
Além da temática da abolição da escravatura, período histórico em que a novela se passa, esta trama de 1977, baseada em obra de José de Alencar, foca também no inicio da emancipação feminina através da história de três personagens mulheres, boladas pelo autor clássico, e que refletem o pensamento da sociedade na época


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"Quanto Vale ou é por Quilo?" – 
Com muito bom humor e grande elenco, esta produção de Sérgio Bianchi traz uma ironia fina aos interesses por trás da abolição da escravatura. Fazendo uma analogia a venda de escravos para obter dinheiro, com o atual mercado capitalista, que explora a miséria e cria uma fachada social que visa o lucro, o filme mostra que o tempo passa, mas a ganância humana continua a mesma.


Raízes 
Baseada no relato de Alex Haley, narra. a Saga De Uma Família negra africana - O sofrimento de Kunta Kinte e sua família. A mini-série Raízes foi um dos fenômenos televisivos mais importantes de todos os tempos. No momento de sua estréia em 1977, no final da oitava noite consecutiva em que a cadeia ABC apresentou o show, cerca da metade da população americana assistiu ao capítulo final. No Brasil foi ao ar pela Globo nos anos 70 e pelo SBT - anos 80 .









Escravidão “moderna” envergonha e atrasa o Brasil

13 de maio/ dia da abolição dos escravos
É louvável e da maior importância a decisão do Tribunal Superior do Trabalho de punir com pesada multa uma empresa sediada em Alagoas por explorar mão de obra escrava.
Na contramão de um tempo marcado por tantas descobertas científicas e tanta tecnologia, há quem cometa o paradoxo de submeter crianças, adolescentes e adultos a trabalhos em condições extremamente desumanas, análogos à escravidão.
Essa excrescência precisa ser encarada com atenção especial não apenas pela Justiça, mas também pelos governantes e pela opinião pública. A omissão diante de tamanho absurdo contribui para manter e até agravar esse atrasado resquício que remonta aos idos pré-históricos e medievais, épocas em que o conhecimento humano alcançava níveis extremamente limitados.
Oficialmente abolida no Brasil em 1888 pela “Lei Áurea”, neste 2010 a escravidão persiste, embora com facetas que diferem do período que abrange o colonial até o final do Império, quando índios e negros arrancados do continente africano eram aqui escravizados.
As usinas de açúcar, desde seus primórdios – há mais de quatro séculos – tiveram destaque na utilização de escravos, mão-de-obra que durante longo tempo garantiu lucros gigantescos para usineiros, mineradores e gestores de outras atividades relacionadas principalmente à agricultura.
A chamada “escravidão moderna”, motivo de vergonha para o Brasil, precisa ser combatida. Afinal, não há como haver desenvolvimento se não houver cidadania. E como haver cidadania se houver escravidão?
Um injusto modelo econômico que respalda perversidades como a concentração de renda, por exemplo, deságua inevitavelmente em anomalias sociais como a anacrônica escravidão. Deságua também na marginalidade de jovens que deveriam estar aprendendo em escolas, mas por falta de oportunidades são jogados para as drogas e para a criminalidade.
Os vergonhosos índices sociais de Alagoas, por exemplo, despontam, no país, como a referência maior de um modelo concentrador e desumano, sob o jugo secular dos usineiros.
Problemas como escravidão no campo, desnutrição e fome – fartamente denunciados em meados do século passado pro Josué de Castro – continuam mais atuais do que nunca!